Wednesday, August 8, 2007

Maria

Quais eram as probabilidades de isto acontecer?
1) Um senhor ligar-me para o telemóvel e deixar uma mensagem de voz, justificando-se pelo facto de "às vezes comprar a Maria", e afirmando que viu a minha (?!) mensagem, que tem 64 anos e mora na região saloia (!), pedindo para eu o contactar e desejando "que tudo corra bem para a senhora".
2) Uma senhora escrever o seguinte na célebre revista Maria: "Olá amigo desconhecido. Sou uma mulher viúva, sem filhos, aposentada e moro num palácio - isto é real. Sou meiga, sensível e serena. Procuro um cavalheiro dos 60 aos 65 anos, honesto e sério, para um relacionamento sério."
3) O número de telefone dessa senhora ser perigosamente parecido com o meu. Ok, perigosamente para os comuns mortais não é o termo, mas perigosamente para alguém com 64 anos e da região saloia, pelo menos.
Não sei se era provável que isto acontecesse, mas aconteceu. Tão verídico como o palácio em que a senhora mora. Agora a questão que fica no ar: será que este "amigo desconhecido" e a palaciana chegaram a encontrar-se para consumar o seu amor? Ou estará ele ainda à espera de uma resposta em Torres Vedras?
Olhem, eu que não sou viúva nem aposentada, e tão pouco meiga e serena, vou mas é ler a revista Maria que me custou 65 preciosos cêntimos. É da maneira que fico a saber o final da Ilha dos Amores (não sei o início nem o meio mas pronto...).

1 comment:

Anonymous said...

A vida prega cada partida...
Provavelmente eram feitos um para outro e o acaso (ou talvez a falta de visão ou o anafabetismo)fez com ficassem separados para sempre!
MP