Thursday, March 29, 2007

Globos de OIRO I

Uma cerimónia desta dimensão merece uma rúbrica especial no Monstro. Com tudo o que de bom (e mau) essa relação implica. Vem aí mais uma sessão de Globos de Ouro. Ainda antes de saber quem são os vencedores, a organização já ganhou um prémio. Atribuído aqui e agora, por mim: o das nomeações mais ridículas de que há memória (e lembro que o Monstro ainda não está em idade de tomar Cerebrum).
A categoria já nao era, de si, auspiciosa: melhor vilão?! Mas os nomeados conseguem tornar tudo muito pior. Senão vejamos:

Cláudio Ramos. A sua simples presença em qualquer coisa que se assemelhe com um programa de televisão já é... confrangedora. Cada vez que o via aparecer, como por magia (negra) no meu écran, sentia invariavelmente aquele sentimento de vergonha alheia, aquele impulso incontrolável que nos faz pensar em dois objectos: mordaça para a boca e corrente com esfera de chumbo para amarrar ao pé, e uma paisagem: o azul e tranquilo Rio Tejo. Ultrapassados estes momentos de pura dor, conseguia ouvi-lo por alguns minutos, porque se torna sempre incrivelmente divertido, do alto da sua, também ela incrível e incompreensível, soberba. Mas tudo isso era dantes. Agora o Senhor Cláudio é digno da minha vénia, se quiser vir cá a casa comentar os últimos acontecimentos do cabeleireiro da esquina tem o meu ámen, se quiser dar-me uma bofetada, receberá a outra face, com certeza. Porque agora ele é nomeado para MELHOR VILÃO. E a questão que fica é: como é que Portugal quer chegar a algum lado com vilões com esta cara? (já para não falar na voz, na indumentária, nos modos, e em todas aquelas coisas que me fazem desejar ver a água borbulhar no Tejo). Enquanto os outros têm um Freddy Krueger, um Darth Vader, um Sylvester Stallone, ou até um Zidane que seja... Nós temos Cláudio Ramos? A disputar tão honroso troféu com umas bruxas da Floribella e um padre improvisado de apelido Breyner? É caso para dizer que estamos perante um Nico d'Obra... para não dizer muito, muito, mas muito pior.

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