Tuesday, May 22, 2007

É um homem? É um bicho?

Sou um homem/Sou um bicho’, de Ney Matogrosso, foram os primeiros versos do agora cantor José Castelo Branco. Nada de mais indicado, se bem que a afirmação devesse passar a uma veemente interrogação. Não sei se é so de mim: ainda não percebi se é um homem ou um bicho mas inclino-me mais para a terceira hipótese.
Pois é, acaba de chegar mais uma estrela cintilante ao panorama musical português. Arrisco mesmo dizer que era a estrela que nos faltava. Vem completar a constelação Ursa Maior em que todos nos movemos, ao som dos Mickaeis Carreiras desta vida.
“É salutar conseguirmos exprimir com o que Deus nos deu: o poder de cantar. Penso que a partir daqui, dos primeiros passos, vão ver o primeiro dente, as primeiras correrias”, afirmou o grande artista. Meu amigo, esse é mesmo o problema: já lhe vimos demasiados dentes (coroas e implantes incluídos) e quanto a correrias não vamos nem falar, ok?
Mas o pormenor mais delicioso (escrevo e simultaneamente repugno-me por juntar no mesmo post as palavras "Castelo", "Branco" e "delicioso", sem estar a citar a receita de Farófias da minha avó) é o facto do "cantor" ter como manager Luís Jardim, que afirma que "a Madonna também não tinha nada." Assim de repente não vejo grandes diferenças entre Madonna e Castelo Branco, de facto, a não ser a masculinidade é claro - Madonna dança o Hung Up de forma bastante viril. Curioso que o temível madeirense diga que "em Portugal temos vergonha de aceitar os excêntricos", logo ele que tantas aberrações recusou enquanto júri dos Ídolos. Perante isto, dá vontade de dizer: Bubacar, podes voltar, já vai dar!
Quem sabe não poderão ir ambos em digressão... Grandes concertos se esperam, ainda este ano. Já estou a imaginar a Lady Betti na primeira fila, empunhando um cartaz: "José, faz-me um... funeral digno!".

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